Pulsador de bobinas de ignição com oscilador Esaki

Este pulsador é bastante simples, a base de tempo é determinada por um oscilador Esaki formado por um transistor de uso geral (T1) e o capacitor (C1). A frequência do oscilador depende das características do transistor e pode ser ajustado alterando o valor do capacitor C1.  Através de C2, D1 e T2 se grampeia os pulsos para excitar o amplificador de potência formador por T3 que levará o transistor de potência ao chaveamento e saturação para comandar a bobina de ignição ou outro elemento desejado. 
Esquema elétrico do circuito

 Lista de peças:

R1, R2 e R3 Resistores de 1KOhm 1/8 ou 1/4 Watts
R5 Resistor de 100 Ohms 1/4 Watts
R4 Resistor de potência cerâmico de 22 Ohms 5 ou  7 Watts
T1, T2 Transistor de uso geral BC546B
T3 Transistor BD137
T4 Transistor BUV48C (ou opicionalmente  2N6513, ou MJE13007, MJE13009 ou 2N6547)
D1 Diodo 1N4148
D2, D3 Diodos 1N4007
C1 Capacitor eletrolítico 10 microfarad, 16 Volts
C2 Capacitor eletrolítico 4,7 microfarad, 16 Volts.


Placa de circuito impresso padrão e lay out do circuito


O transistor de potência deve ser montado em um bom dissipador de calor e o resistor de potência R4 deve ser soldado afastado da placa ou montado em um pondo de boa troca de calor ou mesmo junto ao dissipador do transistor..
Confira o vídeo no You Tube.

Como funciona a luz da bateria

Já tivemos no blog alguns comentários a respeito da luz da bateria, sendo assim, resolvi explanar mais sobre este interessante tema. Luz acesa, sempre apagada, não apaga totalmente, fica piscando, são anormalidades que se percebe através da lâmpada indicadora da bateria. Dizer que a luz da bateria acesa com o motor funcionando indica que o alternador não está carregando e apagada está tudo bem, é um equívoco.

Dependendo do tipo da falha e da tecnologia empregada no alternador veremos que não é assim tão simples.
A luz da bateria acesa alerta contra o mau funcionamento do sistema de carga, o que envolve bateria, alternador, carga instalada e falha elétrica neste circuito. Determinar a causa exata requer um diagnóstico detalhado. Num carro antigo ou moderno a lâmpada continua lá no painel, inalterada, porém em cada caso podemos ter funções e modos de funcionamento bem diferentes que exigirão considerações específicas.  
Observemos o caso mais simples, o sistema de alternadores que usam os díodos de excitação, que será também a base para entender os demais.
Ao ligar a chave de ignição, com o motor ainda parado, a lâmpada (luz da bateria) irá acender. De um lado teremos o positivo da bateria (linha 15) e do outro o negativo conectado ao D+ através da bobina do rotor, regulador de tensão e carcaça do alternador.  
Circuito de carga com alternador com diodos de excitação
Agora a lâmpada está em série com a bobina do rotor e a corrente circulante produz o campo magnético necessário para iniciar a geração do alternador, assim que o motor for colocado em marcha. A tensão alternada gerada será retificada por duas vias:  pelos díodos de potência (B+), para a alimentação do sistema elétrico do veículo e pelos diodos de excitação (D+), e para alimentar o campo do alternador.
Com o alternador em funcionamento a lâmpada da bateria se apaga, pois, ambos os terminais (B+ e D+) têm voltagens positivas e potenciais praticamente iguais.
Este detalhe é suficiente para respondermos aos questionamentos relativos à lâmpada e atribuir alguns diagnósticos, como veremos a seguir:
1 – Neste modelo, está correta a afirmação que se a luz da bateria estiver apagada a bateria está sendo carregada?
Nem sempre, se o alternador estiver gerando menos de 12,8 Volts a lâmpada continuará apagada, porém a bateria não recebe carga.
A lâmpada também estará apagada se ocorrer a interrupção do circuito de excitação, como: interrupção do rotor, regulador de tensão ou escovas gastas.  A bateria deixará de ser carregada e não será notado pelo motorista, ao menos enquanto o motor estiver funcionando.
Uma interrupção do fio que liga o D+ a lâmpada, na região do painel ou lâmpada queimada, não produz nenhuma sinalização, porém neste caso a reação é distinta, o alternador poderá iniciar a geração sob forte aceleração e carregar normalmente a bateria.
2 – Será que podemos afirmar que se a luz da bateria acende o alternador não está carregando a bateria?
Depende, se acender plenamente, sim, podemos afirmar que o alternador não está gerando, portanto, não carregará a bateria.
Por outro lado, um acendimento fraco da luz da bateria pode indicar um mau contato no circuito ou um díodo aberto no alternador, e ter pouco impacto na carga da bateria.
Dicas importantes:
Neste modelo, se quisermos impedir ou parar a geração do alternador basta ligar o borne D+ a massa.
Para saber se uma falha é no alternador ou no circuito externo quando o acendimento da lâmpada é fraco ou não acende, o eletricista pode ligar uma lâmpada de teste entre o borne B+ e D+ do alternador para avaliação. Se a lâmpada acende aí também certamente o problema é no alternador.  

Como vimos, conhecer o funcionamento básico de qualquer sistema é o caminho para levantar possibilidades de falhas e estabelecer os meios de diagnósticos adequados. Uma forma simples e lógica para resolver problemas do dia a dia.

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